13 de out. de 2010

Era um amor tão bonito....

Era. Era um amor tão bonito. Era mesmo.

Não é a toa que os contos de fadas começam com "era uma vez..."
"Ëra"denota passado.
No caso dos contos de fada, denota algo que nunca existiu.
Mas nossa cultura, insiste em incutir em nós ( especialmente nas mulheres) o senso de viver um grande e infindável amor.
Na verdade, hoje até acredito que em algum momento vamos encontrar um potencial grande amor. Contudo, o romantismo uma hora acaba.

E com isso, inicia-se outra teoria. Agora, a minha própria.
Era um amor tão bonito, tão puro, sincero, gostoso de dar. Gostoso de sentir.
Aliás, era um amor cheio de amor para dar. Cheio de carinhos, de sorrisos, de longa esperança.
Um amor que parecia inquebrável.
Um amor do jeito que aprendi que deve-se oferecer.
Um amor tão especial. Especial como deve ser o amor.

Só esqueceram de me dizer como agir ( ou reagir) caso o eleito rejeitasse a minha forma de amar.

Então, o amor esta guardado. Em uma gaveta ou num armário. Com aquelas outras coisas que a gente guarda pra um dia que precisar, ter. Mas que nunca lembra de usar. Daí um dia, acordamos inspiradas pra faxinar a vida e quando abre-se a gaveta, descobrimos que aquelas coisas são desnecessárias e só estão ocupando espaço e juntando poeira.Se fossem úteis, não estariam esquecidas.

Era um amor tão bonito. E extenso.
Mas ele não quis. Achou meloso.
Ficou impaciente.
E eu guardei o amor.
Com humildade e um pouco de vergonha, abaixei-me e recolhi esse amor tão bonito que foi rejeitado e murchou.

A gente guarda porque tem receio de oferecer novamente, com aquele sorrisão, e outro sujeito reagir da mesma maneira.

Se sou eu quem não sabe escolher para quem oferecer esse amor?
Certamente que sim.
Agora, escondi meu amor.
E tenho medo de tentar aprender a escolher.